Eu sei. Sei exatamente em quais pontos eu errei, e ainda continuo errando. Eu sei o quanto eu te fiz mal. Eu sei o quanto as lágrimas que caíram dos teus olhos doeram em cada centímetro do teu rosto, e em cada milímetro do teu coração. Eu também senti essa dor. Eu sei que eu direcionei todas as tuas expectativas a mim, e não correspondi a nenhuma. Eu sei que eu matei toda a esperança que um dia existiu em ti. Desculpe-me.
Eu me peguei mais uma vez sentindo-me culpada, por tudo. Absolutamente tudo, sem enumerações ou citações específicas aqui. Já aprendi que dizer 'eu te amo' é bem mais fácil que pedir desculpas.
A gente vivia num mar de acontecimentos, eu não tinha tempo para parar e pensar. Eu só tinha que nadar. Usei isso como minha maior justificativa durante todo esse tempo, e não pensei. Na realidade, assumir o erro me faria chorar, enlouquecidamente. Então eu nadei. Continuei com aquilo tudo e disse que te amava.
Hoje eu parei, fiz do oxigênio algo dispensável e mergulhei. Sentei no ponto mais profundo de todos os acontecimentos - não sei se exatamente aqueles de antigamente, mas acontecimentos - e resolvi pensar.
A culpa é nossa, a culpa é de todos os envolvidos. O orgulho sempre cega as pessoas, faz com que elas queiram estar certas e acreditem nisso. Hoje eu resolvi me igualar a esse criminoso, para tentar vencê-lo e não permitir que ele cometa o crime de acabar com a minha visão. Percebi onde errei, não sei como concertar sem cometer o mesmo erro. Mas se para ti reconhecer for o suficiente, aqui vai o meu pedido de desculpas.
Não tome uma atitude atrás da outra. Pare de nadar, pense. Questione-se. Ás vezes um pedido pode mudar tudo, em você.
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