sábado, 24 de abril de 2010

Ser feliz!

Essa semana estive, como sempre, observando as pessoas. Por dia eu passo por três cidades, encontro pessoas de diversas classes, pensamentos, comportamentos, graus de instrução. São pessoas que respondem de uma forma diferente a cada vez que são postas à prova. É interessante analisá-las todos os dias como se eu não estivesse ali, como se elas não pudessem me ver, sem deixá-las sentir a minha presença. Eu gosto, isso me diverte.
As atitudes dos que me cercam, mesmo que não estejam ligadas a mim, também me servem de incentivo. É como se fosse aprender através de uma experiência, uma experiência que não foi minha, e não é por isso que ela deixa de se tornar importante diante de todas vividas por mim.
Costumo pensar que tudo tem um motivo, tudo mesmo. E os motivos daquele outro não são melhores e muito menos, inferiores aos meus. Por isso analisar as atitudes de cada um se torna tão importante quanto parar para refletir sobre as minhas. Claro que nem sempre consigo aplicar isso.
Eu me sinto cercada de pessoas que buscam cada vez mais a satisfação de seus próprios desejos, a busca da felicidade, a realização de tudo. E elas não estão erradas, se é isso que pode nos dar a sensação de satisfação que tanto buscamos, então vamos atrás. Essa tal de felicidade é tão divulgada, às vezes até nomeada e enumerada, até dizem exatamente o que devemos ter para acalçá-la.
Eu nunca conheci ninguém que conseguisse dizer que será feliz com tal coisa, e que quando conseguisse, afirmasse que estava sendo feliz, e mesmo depois de perder ou de ter passado, continuasse sentindo aquela mesma sensação. Não estou dizendo que isso não possa acontecer. Só acho que o que te FARÁ feliz não é nada disso do que você deseja. O que te FAZ feliz hoje, você não imaginava que tivesse tal poder. E o que te FEZ feliz um dia, com toda a certeza deixou de fazer por alguma decepção. Sim, é muito confuso, e absolutamente contestável também.
Pense em toda a sua vida. Você já deixou de ser feliz em algum instante por estar buscando a felicidade em um lugar que ela não estava? tenho certeza que em muitos. A resposta para praticamente tudo está no que nos rodeia e sempre esteve ao nosso alcançe. O nosso maior desafio é enxergar, e não conseguir alcançar como todos pensam.
Vamos nos preparar para criar as respostas e sempre colocá-las em lugares que possamos achar novamente. Vamos ser parte dessas respostas. Vamos procurar essas respostas somente onde e em quem achamos que realmente vá valer a pena.

domingo, 18 de abril de 2010

Eu preciso te falar...

Eu preciso te falar tantas coisas. Tudo o que eu insisti em guardar, talvez por orgulho, talvez por medo. Pra mim é dificl dizer tudo o que eu sinto, e como você deve saber, sempre foi. Mas é que agora cheguei a um ponto insustentável. Na verdade acho que isso cresceu tanto em mim, que não cabe mais aqui dentro.
Os dias em que eu sorria só de pensar em você parece que estão cada vez mais distantes. O sentimento que eu tinha naquela época parece que já não existe mais. Em lugar disso eu sinto uma angústia enorme, uma vontade de chorar. Mas eu não choro, acho que se eu chorasse seria até melhor. Tudo me lembra você, até me olhar no espelho. Por que isso? Eu não sei a resposta, e não encontro em nenhum outro lugar. E isso me deixa pior ainda. Assim como não achar tantas outras respostas que depois de tudo o que aconteceu eu vivo a procurar, me deixa mal também.
É, eu sonho com você todas as noites. Eu fico querendo lhe encontrar a cada passo que eu dou, a cada lugar que eu vou e que eu sei que você pode estar. Eu lembro de você a cada segundo. Eu perco a concentração a cada atividade do meu dia porque eu simplesmente não consigo lhe esquecer. Isso é amor, não é?
Eu não sei se é amor, eu não sei o que é amor. Mas se for isso, o amor dói. Dói quando a gente está perto, quando a gente está longe. Dói quando estamos satisfeitos, dói quando está faltando algo. Às vezes eu penso que pode não ser amor, só saudade. Saudade de uma coisa que pode estar interminada. Saudade de você, saudade de como você fazia eu me sentir. Pode ser também só malcriação de uma criança, porque afinal, eu sou só uma criança. Acho que se eu soubesse o que é, seria bem mais confortante. Ou não.
Todo mundo me diz que isso passa. E eu fico aqui, esperando passar. Vivendo sem um motivo aparente. É estranho eu dizer que não tenho um motivo para viver, eu tenho tantos amigos, tenho minha família, existe tanta gente que gosta de mim. Eu tenho que estar feliz, eu tenho muitos motivos pra sorrir. Mas, apesar de tudo que eu tenho de bom, continuo me sentindo mal, por não ter você.
Mas que ridículo, eu só não tenho você por culpa minha, totalmente minha. Eu causei tudo isso. Tem gente que diz que eu não devo me culpar tanto assim, que você é que está errado. Mas ultimamente eu sinto que isso já não tem importância. Nós simplismente não estamos juntos, você simplismente não está aqui. Eu não sei o que você está fazendo, não sei o que está pensando, nem onde está. Isso me aflinge demais.
E eu digo que não tenho você, que quero você de volta, mas não tenho certeza disso. Eu tenho certeza que eu sinto sua falta a todo instante, e que às vezes eu quero você de volta, mas só as vezes, como agora, como nos ultimos dias.
E eu não estou confortável com nada disso. Não me sinto bem em me contradizer, não me sinto bem em te amar, não me sinto bem em querer te ver, não me sinto bem em escrever isso tudo. Porque eu não sei onde nada disso vai parar, não sei como faço pra parar. Eu estou cansada de encher a cabeça dos meus amigos com assuntos relacionados a você. Estou cansada de não ter ânimo pra sair e procurar alguém que me faça sentir algo melhor do que eu sinto. E cansada de tentar não sentir a necessidade de alguém, de viver feliz mesmo sem essa droga que é o amor. Antes de lhe conhecer eu conseguia, juro que eu conseguia.
O pior pra mim, é saber que você está ali, que eu posso pelo menos tentar resolver isso tudo se eu quiser. Saber que eu não consigo resolver, eu não tenho coragem, que no fundo eu sou um ser humano fraco e cheio de medos.
Se resolver isso tudo significa aceitar que você ficou pra trás, ou correr atras de você pra lhe ter de volta. Não, eu posso afirmar que eu não quero isso. Agora eu quero você perto, mas eu sei que depois que você estiver aqui, não vai ser sempre que eu vou querer isso.
Eu queria não ser assim, queria te odiar, ou ter a certeza que é você que eu quero pra sempre.
Você lembra de quando você me abraçava? Era quando eu mais gostava.
Você lembra do nosso primeiro beijo? Foi o melhor de todos.
E quando você ficava falando e eu só ouvindo? Era como se eu pudesse viajar em você, eu amava.
Você lembra de quando a gente ficava um tempão juntos? Eu enjoava, mas hoje eu sinto saudade.
Será que agora eu posso dizer que pra mim tanto faz?

Escrever?



Há tempos eu tinha a necessidade de um espaço em que eu pudesse me expressar, contar o que eu estou sentindo, um pouco dos sentimentos de outras pessoas, ou parte das minhas percepções. Pois é, aqui estou. E nesse primeiro post resolvi falar exatamente sobre escrever. Não por acaso, não por ser o primeiro post, nem porque escrever vai ser exatamente o que vou fazer aqui.
Colocar minhas idéias em palavras escritas talvez seja, das minhas habilidades, a que mais me fascina. E nos ultimos dias percebo que não fascina só a mim, mas também outras tantas pessoas. Porque isso? Porque temos essa grande necessidade de expressar nossas idéias através de palavras? Porque essa vontade de externar tudo que temos guardado? Porque para algumas outras pessoas isso não faz o menor sentido e escrever seria uma grande perda de tempo?
É, eu não sei. Eu sei que colocar tudo o que sentimos em outro plano que não seja só o dos pensamentos ou das ideias faz eu me sentir melhor, me dá um sentimento de alívio, a impressão de que eu posso me entender melhor.
Escrever nos dá a sensação de uma busca infindável para expressar algo que nunca poderá ser traduzido em palavras, mas quem escreve geralmente não percebe isso. E continua escrevendo, insaciavelmente. Isso acontece comigo, amo escrever, mais do que ler. Amo essa busca por tentar dizer algo que eu nunca vou conseguir, isso chega a me mover as vezes.
Escrevendo, também, eu percebo mais facilmente minhas contradições, minhas falhas quanto às opiniões que vou formando. Tanto que quase sempre acho que meu texto não ficou bom. Sim, eu nunca gosto do que escrevo. Acho totalmente patético quando vou ler depois de alguns dias. Talvez seja mesmo.
Mas eu cheguei a uma conclusão. O mundo está cheio de pessoas contidas, que não expõem coisas patéticas. Por medo, muitas vezes, ou até por não dar a verdadeira importância ao que essas idéias consideradas patéticas poderiam causar. Estamos cercados, também, de pessoas que só expõem o que não são, ou o que acham que outros gostariam que elas fossem. Essas pessoas, ao meu modo de ver, são bem piores, pois elas vivem para os outros, talvez para pessoas que elas nem conhecem de verdade, isso sim é triste.
Por isso, aqui, resolvi escrever. Mas não escrever para alguém, ou escrever para mostrar algo que eu não sou. Escrever para suprir uma necessidade minha, e acima de tudo, escrever para mim. Não me importaria se ninguém lesse, ou se criticassem. Afinal, ser você mesmo é o que mais gera esse tipo de consequência. Ou ninguém dá atenção, ou crticam até não haver mais o que contestar.
Eu sou apaixonada pelo próximo, pelas outras pessoas, pela bagagem delas e pelo que elas têm a me mostrar e ensinar. Eu amo ouvir pensamentos dos meus amigos, desabafos e histórias de vida. Só me deixa mais apaixonada pelo ser humano e pela capacidade de envolvimento que as pessoas têm sobre mim. Me faz refletir, e pensar em coisas boas. Tudo isso também me motiva a escrever, o comportamento das pessoas que me cercam, sejam elas conhecidas ou não.
Se fôssemos partir de alguns dos princípios que eu citei acima, poderíamos chegar à conclusão de que escrever não faz o menor sentido. Mas mesmo não fazendo, ou parecendo que não faz, eu prefiro continuar a escrever. Ser motivada e melhorada a cada dia, pelas minhas próprias palavras. Isso sim é fascinante!